domingo, 30 de dezembro de 2012

Knowing that things ain't right


Justin dirigiu por mais meia hora, até que a menina disse um "Para" com calma e vergonha. Estavam de frente a um pequeno e feio prédio. Parecia descuidado e até perigoso. Sua arquitetura estava fragilizada, sua cor desbotada. Alice deu um longo suspiro e saiu do carro, abrindo a porta de trás para sua irmã. O garoto resolveu sair do carro, cuidadoso, olhou para os lados. Não queria despresar aquele lugar por causa de Alice, mas seu carro era caro, não poderia ser roubado.
– Entra, eu vou em seguida - Justin disse a garota, que assentiu levando sua irmã para dentro do prédio com a pequena Annabell. O garoto mordeu forte os lábios, pensante. Viu um cara estranho aproximar-se do carro. "Vamos lá Justin, é isso ou nada. Coragem!" - Hey - Ele disse ao cara que passava, que parou bruscamente, olhando-o não muito animado.
– Que foi? - Sua voz grossa fez Justin ir levemente para trás.
– Eu te pago quinhentos dólares para olhar o meu carro por enquanto que eu estou lá dentro - Apontou para o prédio - Mas não deixe ninguém chegar perto. O que acha?
– Beleza cara, mas como vou saber que vai me pagar?
Justin lutou para não revirar os olhos.
– Olha pra mim, eu sou o Justin Bieber. Relaxa aí cara, prometo que te pago - Justin disse e saiu correndo para dentro do prédio. Ignorou os pensamentos de "Ele pode me dar um tiro e pronto, fodeu tudo." ou "Calma Bieber, ele não iria roubar seu carro nem te assaltar depois." e foi até a recepção. Lá, encontrou um Senhor de estatura baixa, cabelos ruivos e desengrenhados. Seus olhos castanhos escutos estavam inquietos e "coçava" seu bigode intensamente.
– Pois não? - Sua voz soou engraçada, fazendo Justin rir discretamente pelo nariz.
– O Senhor é o dono desse prédio? - Justin olhou em volta.
– Sou, por quê?
– Hã - Franziu os lábios - Eu queria pagar a dívida de uma das moradoras daqui, Alice Rodeheaven.
– A Senhorita Rodeheaven? Eu iria despejá-la amanhã - O dono do prédio olhou olhou surpreso para o garoto.
– Quanto que ela deve? - Ignorou a indagação anterior do homem.
– Cinco mil reais - Justin arregalou os olhos ao ouvir o Senhor dizer, mas deu de ombros e pegou sua carteira, tirando o dinheiro solicitado e entregando ao cara.
– Mais uma coisa, onde é o apartamento dela e o andar?
– Apartamento número dez, terceiro andar.
Justin assentiu e andou até o elevador, franzindo os lábios. "Não mesmo, vou pela escada." pensou e dirigiu-se até a porta do lado. Vendo vários degraus, o garoto suspirou e subiu, chegando no terceiro andar já cansado. Avistou o apartamento número dez e logo animou-se, tocando a campainha duas vezes e dentro de minutos uma garota de cabelos negros que lhe caíam sobre as costas e olhos azuis eletricamente chamativos abriu a porta, era Alice. A garota deu um leve sorriso e abriu a porta para que o cantor entrasse. Em seus olhos, era perceptível a vergonha do lugar que morava.
Justin entrou de lábios franzidos ao apartamento da menina, Alice aproximou-se prendendo seu cabelo em um rabo de cavalo, destacando ainda mais seus penetrantes olhos azuis. O garoto ficou fixado nos olhos da garota, até que ele voltou ao real, lembrando o que tinha a dizer.
– Eu... Paguei seus meses de atraso ok?
Alice sentiu que iria chorar, mas engoliu suas lágrimas.
– Por que está fazendo isso? É só isso que eu quero saber.
Justin olhou para a garota, tentando dar uma resposta concreta, mas o que ele diria? Ele mesmo não sabia o que estava fazendo, não sabia o porquê de estar fazendo isso. Ele só sentia que deveria protegê-la e ajudá-la. O garoto suspirou, resolvendo dizer a verdade.
– Eu não sei... Só sinto que tenho que te ajudar, te proteger... - Tirou seu celular do bolso - Sabe, minha mãe sempre disse, que vão ter vezes na vida em que você pode ajudar uma pessoa e, você não pode desperdiçar essa chance. É apenas o que eu estou fazendo. Acredite Alice, eu vou te ajudar, sempre. Eu te prometo!
– É engraçado - Ela riu de leve - Eu não sei o que falar...
– Não diga nada, apenas sorria - Disse em um tom doce. A garota sorriu docemente, mas seu sorriso foi desfeito imediatamente com um grito.
– Alice - Era Annabell. Alice correu até a garota, que fixava seu olhar em uma boneca.
– A Clara Anna, brinca com a Clara - Alice colocou a boneca no colo de Annabell, mas a pequena nem se movimentou. Alice levantou-se com um suspiro e voltou-se para Justin - É difícil sabe? E ainda mais, porque só tenho meu diário para desabafar. É complicado... - Sentou-se no sofá - Senta aí.
Justin assentiu e sentou-se ao lado da garota. Seus olhares eram voltados a ela e Annabell, apenas para elas duas, fixamente.
– Por que só para um diário? Não tem amigos?
– Quem vai querer ser amiga de uma garota de dezessete anos, que mora em um apartamento desse tipo e cuida sozinha da irmã que tem autismo?
– Eu! - Justin disse de imediato, fazendo Alice se assustar.
– Por quê? Por que isso? Eu só não consigo entender o porque... - Baixou a cabeça.
– Pra que entender o porquê? Só viva, só isso que você precisa fazer - Justin levantou a cabeça com um dedo e lhe deu um sorriso, talvez o sorriso mais sincero de toda sua vida - Tem um lugar para anotar?
– O quê? - Alice fez uma careta.
– Meu número e... Me passa o seu. Vamos manter contato sempre.
Alice assentiu e pegou uma caneta, anotando seu número na mão do cantor.
– É caneta permanente, não vai sair tão cedo - Sorriu - Anota o seu aqui - Justin assentiu e escreveu seu número. Os dois ficaram se olhando por um longo tempo, Justin estava frustrado novamente. É engraçado, com a pessoa que mais quer conversar, ele não tem assunto. Mas o silêncio fora quebrado pela canção Crawl, de seu amigo Chris Brown, que ecoava do celular do loiro.
– Me desculpe - Ele disse a Alice - Alô?
– Justin meu filho, onde você está? Scooter e eu demos uma passada na festa do Romeo e disseram que você saiu já faz um tempo, estamos em casa e você não está aqui! - Pattie Mallette gritava ao telefone, estava desesperada.
– Estou na casa da minha amiga mãe - Justin disse rindo pelo nariz.
– Que amiga?
– Alice - Revirou os olhos com a pergunta e sorriu para a garota que olhava para ele atentamente.
– Você não tem nenhuma amiga chamada Alice.
– Tenho mãe, conheci hoje. A gente se fala depois, estamos conversando!
– Venha para casa em meia hora, amanhã tem uma entrevista com a Ellen, você se esqueceu?
– Tudo bem mãe, tchau, beijos - Justin desligou e sorriu sem graça para Alice - Minha mãe disse que eu tenho que ir... Entrevista com a Ellen amanhã - Se levantou - Me leva até a porta?
– Mas é claro - Alice levantou-se e guiou o garoto até a porta - Obrigado por tudo que fez, obrigado mesmo, a gente se vê - Cumprimentou Bieber com um beijo de estalar a bochecha.
– Não foi nada. Toma, cinquenta dólares para comer algo - Devolveu o beijo estalado na bochecha e saiu, radiante. Agora ele teria de correr, seu carro estava com um estranho e sua mãe estava preocupada. Passou na recepção como um foguete e ficou aliviado ao ver seu carro. Pagou a quantia prometida e saiu com seu carro, quase que voando pelas avenidas, afinal, da casa de Alice, até sua casa eram mais de meia hora, sua mãe piraria. Mas não se arrependia de nada que tinha feito, estava completamente feliz.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

I just cant sleep tonight


Era por volta das sete da noite quando Justin saiu de casa. Era aniversário de Romeo, filho de David e Victoria Beckham. Justin não estava lá tão animado, mas só iria porque David lhe prometera que se ele fosse, lhe daria aulas de futebol. O garoto, nada bobo, não iria desperdiçar esta chance.
Ele estava sozinho no carro, Pattie e Scooter tinham saído e Kenny estava de folga. Era a primeira vez que Justin saira completamente só, nem sua mãe e nenhum membro de sua equipe estava com ele, ele estava aliviado, de uns tempos para cá vinha se sentido sufocado, era pessoas demais, cuidados demais. Mas ele entendia, ele é um astro pop, cuidados são essenciais.
Dentro de minutos, Justin já estava na festa. Carregava em seus braços, um helicóptero, controlado por controle remoto para Romeo, ele mesmo tinha adorado o presente e, esperava que o filho de Beckham achasse o mesmo.
– Justin querido! - Victoria Beckham cumprimentou o garoto com um beijo na bochecha, fazendo um sinal para que adentrasse no Buffett. Era um espaço até que legal. Era bem grande e colorido, afinal, era uma festa de criança.
O garoto andou completamente sem rumo, até que achou a mesa de doces e resolveu sentar-se perto dela, afinal, todos sabiam de sua compulsão por essas coisas açucaradas.
"Pelo menos posso comer meus doces!" Pensou consigo, travesso. Estava inquieto, então batucava frenteticamente suas mãos na mesa. Não demorou muito, e sua amiga, Taylor Swift chegou a festa. Eram amigos há bastante tempo, desde quando a cantora fez um cover do primeiro single de Justin, postando-o no Youtube. Ao ver o garoto, Taylor estendeu os braços para um abraço, correspondido por Justin. Taylor colocou seu corpo para trás, e sentou-se. Justin fez o mesmo.
– Quanto tempo! - Taylor arrumou seu vestido azul escuro.
– É, um mês é bastante tempo.
– Pois é. Por onde andou?
– Gravando meu novo disco. Como eu disse, vai ser insano shawty - Justin deu uma leve risada e atacou mais uma de suas minhoquinhas de geléia - Cara, isso é muito bom - Disse de boca cheia, Taylor fez uma careta - Desculpa.
– Não é isso - Taylor riu - Eu só não gosto desse sabor.
– O que? - Fez um drama falso - Como pode discriminar as minhoquinhas laranja e verdes? Elas são, demais! Fizeram até uma participação no meu disco novo! Pensa o que?
Taylor e Justin riram, mas o riso deles fora enterrompido por um homem que segurava uma bandeja. Na mesma, estava contida copos de vidro, com sucos e refigerantes dentro.
– Aceitam?
– Claro que sim - Justin sorriu - Uma Coca para mim e um suco de laranja para a Senhorita Swift.
O garçom assentiu e serviu os dois cantores, saindo dali em seguida.
– Vamos fazer "tintin" - Justin disse fazendo Taylor dar um riso abafado.
– Vamos fazer o que?
– Qual é, você sabe, bater as taças, fazer um brinde - Justin riu sem graça.
– Agora sim - Taylor riu mais um pouco e fizeram um brinde ao aniversário de Romeo e a carreira dos dois.
Passaram horas conversando até que Taylor recebeu um telefonema de sua amiga Abgail, a qual estava triste por causa de seu namoro, quer dizer, do término dele. A cantora resolveu sair de lá imediatamente, para dar consolo a amiga. Justin suspirou, mas entendeu, voltando a batucar freneticamente na mesa.
O tédio dominava o pequeno cantor, que resolveu ir embora.
Eram só nove horas, e a mãe do garoto só voltaria do encontro com Scooter dali a algumas duas ou três horas. "Dá até pra pegar uma baladinha, pegar umas gatas..." Um sorriso sapeca formou em seu rosto e ele levantou-se com um sobressalto da cadeira, esbarrando com uma simples garçonete, que estava segurando uma bandeja cheia de champagne. Com a "trombada" dos dois, os copos viraram-se contra o peito da garota, sujando-a por completo. Um copo quebrou-se, e lhe cortou levemente a mão. A garota mordeu o lábio para não falar besteira. "Acalme-se, você está trabalhando. Isso acontece!" Pensou, mas sua expressão mudou quando percebeu que estava frente a frente de ninguém mais, ninguém menos que Justin Bieber.
– Meu Deus, me desculpe! - Justin disse completamente envergonhado. A garota não conseguia dizer nada, apenas fitava o garoto sem qualquer discrição. Os copos ainda rolavam pelo chão - Está tudo bem? - Segurou a mão da garota, fazendo-a voltar a realidade.
– Está - Ela se afastou do garoto e olhou o estrago - Na verdade não está. Eu vou ser demitida droga.
– Não vai não! - Justin disse quase que de imediato. O garoto correu sua atenção para a camiseta vermelha da garçonete. Ela estava completamente encharcada e a camiseta não era muito espeça, tornando-a levemente transparente, mostrando levemente o sutiã preto.
– Vou sim, olha isso! Minha patroa é exigente, o nosso buffett está crescendo agora, é a primeira festa que fazemos para gente muito rica e olha o que acontece - Ela puxou uma cadeira vazia e sentou-se, apoiando duas mãos sobre seu rosto - E a Annabell, como vou pagar o tratamento dela?
– Hey, calma - Justin puxou uma cadeira e sentou-se de frente para a garota, levantando seu queixo com a mão - Primeiro, Respira, segundo: Você não vai ser demitida porque eu não vou permitir e terceiro, quem é essa Annabell e o que ela tem?
A garota suspirou e colocou a bandeja que segurava sobre a mesa.
– Não sei porque estou falando isso para você, mas vamos lá - Suspirou - Annabell é minha irmã mais nova. Moramos sozinhas em um pequeno apartamento no subúrbio, o qual estamos quase sendo despejadas porque eu prefiro pagar o tratamento da minha irmã do que pagar o aluguel do apartamento. E respondendo a sua segunda pergunta, ela tem autismo - Os olhos da garota penderam Justin sentiu que ela poderia chorar, mas a garota se recuperou rapidamente - Trabalho nessa droga de Buffett Ausführen porque paga o suficiente para pagar o tratamento da Annabell e comprar comida de vez em quando.
Justin mordeu o lábio inferior com força, lembrando de seu passado. O garoto teve uma uma infância difícil, tinha que viver a baixo da linha da pobreza, cantar por alguns trocados quando ficou um pouco maior, mas sempre teve seus pais ali, o apoiando e bem, nunca tinha convivido com alguém autista.
– E seus pais?
A fala da garota foi interrompida antes mesmo que pudesse ser iniciada.
– RODEHEAVEN! - Uma mulher gritou ao ver o estrago no chão - PARA A COZINHA AGORA!
– Tchau, valeu a paciência para me escutar. Agora é a hora que a Wanda me demite, foi um prazer te conhecer - Foi tudo que a garota disse até sair dali, indo de encontro com a mulher que gritara seu sobrenome. Ela parecia cruel, ela judiaria a pobre garota, para depois mandá-la embora.
Justin começara a ter muita pena da garota. Caramba, ela realmente tinha mesmo uma vida difícil, ela precisava do emprego, pela sua irmã pelo menos. Agora sentia-se culpado e precisava protegê-la dali em diante. Levantou-se então da cadeira e correu, procurando a bendita cozinha. O salão era enorme e Justin estava procurando em todos os cantos até que escutou gritos descompassivos, havia achado a cozinha.
Desviou do DJ e entrou na porta ao lado. Dando de cara com a garçonete chorando, e muito, sentada em uma bancada e a mulher que havia gritado seu nome de frente a garota, gritando hostilmente.
– Hey, o que é isso? - Justin se intrometeu bruscamente.
A mulher lhe daria uma resposta muito mal criada, mas reconheceu o rosto do garoto e deu um longo suspiro e um sorriso falso.
– Senhor Bieber, a Senhorita Rodeheaven fez o maior estrago no salão da festa do Romeo, o Senhor não viu?
– Vi, vi sim. Mas a culpa não foi dela, foi justamente minha culpa. EU esbarrei nela eeu fiz tudo cair no chão - O garoto começou a falar de um modo sério, um dos mais sérios de toda sua vida.
– Não se culpe Senhor Bieber. O que a Senhorita Rodeheaven disse para que viesse me dizer isso? - A mulher se aproximou de Justin, que recuou para o lado da garçonete. Seu choro havia cessado um pouco, mas ainda soluçava.
– Sabia que a Senhora pode ser processada por acusar sem provas? A Senhorita Rodeheaven não teve culpa de nada, ela não fez nada e se a Senhora a demitir, eu falo mal dessa merda de Buffett Ausführen e ninguém, nunca mais contrataria seus serviços! - Os olhos da garota se arregalaram - E ainda tem mais, aumente o salário dela, ela mal consegue pagar o tratamento da irmã dela, sabia?
A dona do Buffett não dizia nada, apenas ficava calada e observava o ataque de fúria de Justin. Ele mesmo se surpriendeu, nunca tinha ficado tão irritado em toda sua vida, ainda mais para defender uma menina que mal conhecia.
– Bom, a Senhoria Rodeheaven está dispensada não é? Vou levá-la para casa, não se preocupe - Justin sorriu vitorioso, abraçou a garota e saiu da sala a garota continuava calada e apoiava sua cabeça no ombro do garoto. Não disse nada até chegar ao playgroud. A garota soltou-se de Justin e andou até uma pequena garotinha que estava sentada em um dos cantos do parque, com as pernas contraídas para seu corpo.
– Annabell, vem, vamos embora - A garçonete, a qual Justin ainda não sabia o nome, aproximou-se da garota e tocou-lhe a cabeça levemente.
– AAAAAAAAAA - A garota gritou e avançou sobre a garçonete.
– ANNABELL, CALMA, SOU EU, ALICE, SUA IRMÃ - A garçonete, que agora Justin sabia o nome abraçou forte a menina, afagando sua cabeça - Calma meu amor.
Justin franziu os lábios. É, a vida dessa garota era muito mais difícil do que ele imaginava, deve ser por isso que ele precisa tanto ajudá-la, protegê-la tanto. E ele estava disposto a ajudá-la. O garoto aproximou-se devagar das duas, apoiando sua mão sobre o ombro de Alice.
– Quando quiser nós vamos, sem pressa ok? - Justin disse de um jeito doce para Alice, que assentiu e continuou a conversar com a pequena Annabell, acalmando-a aos poucos.
Dentro de dez minutos, os três já estavam no carro de Justin, que o dirigia calado. O silêncio alí reinava, Annabell estava no banco de trás do carro, presa ao cinto de segurança. Alice estava no banco do passageiro, também presa ao cinto de segurança e calada. Olhava atentamente a janela e Justin sabia que ela estava pensando nos problemas. Ele queria ajudar, mas como?

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Pray - Sinopse:


Justin vai á festa de aniversário de um dos filhos de David Beckham. A princípio, é só mais uma das milhares de festas que vai. Música, comida, diversão e garotas, ah as garotas.... Mas o que ele não esperava era encontrar o amor de sua vida naquela festa, Alice, uma simples garçonete, que fará com que o garoto sinta uma extrema necessiade de ajudá-la e cuidá-la, ainda mais com o tratamento da irmã, que tem autismo. 

Gente, primeiro eu quero pedir desculpas por eu estar sumida, é que as coisas aqui estão muito corridas para o meu aniversário, e então, eu resolvi repostar uma história que escrevi ano passado e várias pessoas gostaram. Pra que vocês não fiquem sem nada, então o próximo post será de sinopse ok?

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Desculpas.

Gente, eu vim aqui, pra dar uma satisfação a vocês. Tem muito tempo que não posto aqui, mas quero que saibam que não é por falta de vontade, eu não abandonei isso aqui. Não vou abandonar, tanto é, que já tem alguns parágrafos do novo capítulo, mas eu estou atolada de trabalhos na escola, são mais de 5 só para essa semana! Então eu estou ficando completamente atolada e ocupada. Espero que me entendam e me aguardem, pois quando der, com certeza eu postarei.
Obrigada pela confiança e atenção.
xoxo

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Capítulo X - Culpa.


Podia sentir o coração de Katherine bater forte, apenas com seu corpo apoiado em meu braço, ela estava bastante nervosa, afinal, tremia levemente. Abrimos a porta sorrateiramente, e podemos ver um garoto de costas. Seus cabelos negros iam até o final de sua nuca, e parecia se arrumar numa franja, era bastante alto e levemente torneado, parecia concentrado num livro qualquer. Cocei a garganta.
- Ah, oi – disse ele distraído, e então, voltou sua atenção para mim, arregalando seus olhos. – Justin Bieber? – mas antes que eu pudesse dizer algo, ele fitou Katherine, e o pequeno sorriso que estava em seu rosto, se foi. – Kath?
- Oi Josh, fico feliz por ainda lembrar de mim – disse ela baixinho – Mereço um abraço?
Katherine’s POV.
Antes de caminhar até mim, Josh primeiramente fitou Justin, e deu-me um sorrisinho, vindo até mim e me dando um abraço, e um beijo na bochecha, assim que aqueles piercings encostaram em mim, imediatamente tive uma corrente elétrica passando por meu corpo. Eu nunca tinha abraçado tão forte meu irmão assim.
- A gente precisa conversar sério mais tarde – ele cochichou em meu ouvido.
- E aí cara – Justin disse assim que Josh o cumprimentou.
- Eu nem acredito nisso, Justin Bieber aqui, com a minha irmã – ele parecia animado, e eu nunca me senti tão bem por vê-lo assim. – Eu tenho todas suas revistas, uma coleção – disse pegando uma caixa e colocando sob sua mesa de trabalho.
- UAL! – Justin disse animado – Você tem desde a primeira, quando eu tinha meus 17 anos.
Ri um pouco e preferi deixá-los sozinhos, Justin era o ídolo de Josh, e depois de tanto tempo, eu devia pelo menos isso a ele. Saí da sala, voltando a livraria, onde a garota loira folheava um livro da saga Percy Jackson.
- Han... – olhei em volta – Deixei Justin conversar com o meu irmão. Ele parece ser fã dele.
- Você é Katherine White? – a garota se assustou levemente, mas eu apenas assenti. – Sou sua cunhada – ela sorriu de lado.
- Ai meu Deus, você namora meu irmão? Quanto tempo eu perdi! Ele tem bom gosto – ri animada, meu irmãozinho tinha uma namorada, linda e simpática. Puxou a irmã no bom gosto, modéstia a parte.
- E o Justin é meu cunhado – Josh saiu de sua sala, com o loiro logo ao lado. – Você está namorando o meu ídolo Kath, isso é incrível!
- Estou? – fiz cara de surpresa, olhando para os dois.
- Só se quiser – Justin sorriu, me abraçando de lado e dando-me um beijo na bochecha.
- Awn, aceita! – a namorada de Josh disse, nos fazendo rir.
- Ashley, calma – Josh riu.
- Desculpa, foi automático... Mas aceita!
- Eu aceito... Cunhada. – ri e então Justin puxou-me para seu corpo, selando nossos lábios numa ternura tão grande, que mal pude imaginar. Sem mãos bobas, sem beijo com um desejo ardente, era um beijo... Apaixonado. Por parte dele é claro, eu não sei o que é esse sentimento.
- Precisamos comemorar – Justin disse animado.
- Vamos visitar a mamãe? – sorri imediatamente.
- Kath, hã... A mamãe tá internada, tem uns seis meses. Ela está com leucemia. – Josh disse, baixando a cabeça e de repente, tudo que tinha cor, estava turvo, e posteriormente, preto, não senti nada, apenas uma leveza e quando acordei, estava num quarto de cor pastel, com Justin sentado de frente para mim, numa cadeira de balanço.
- ELA ACORDOU – Justin berrou e mexeu em meus cabelos, beijando minha testa, e levantando meu corpo, sentando atrás de mim, para usá-lo de apoio. – Seu irmão precisa te contar umas coisas. Precisamos que seja forte.
Fitei Justin assustada, e não muito tempo depois, Josh entrou no quarto com Ashley e sentou-se na cama, de frente pra mim.
- Há um tempinho atrás, nossa mãe estava vomitando direto, estava perdendo peso, vivia com dor de cabeça, dor nos ossos, e aí eu e a Ashley a levamos ao hospital, e ela fez um exame, e descobriu que tem leucemia – suspirou – Perguntaram se ela poderia ir e vir, sempre, por causa dos tratamentos e essas coisas, mas não temos condição, o que nos sustenta é essa livraria, que fica vazia a cada dia. De vez em quando vem uma quantidade boa de pessoas, e organizamos eventos para fãs, mas não é o suficiente, por isso, mamãe fica no hospital. A visitamos quando podemos, mas não podemos ir sempre. A casa está sendo requisitada, ou achamos outro lugar, ou moraremos na rua.
- Mas – dizia chorando – Por que não me avisaram?
- A Senhora White não queria te incomodar Kath, ela nunca quis. No fundo ela sente orgulho de ti, e muito, e te ver longe assim, já era um prêmio pra ela.
- No fundo? Por quê? Katherine é ótima secretária.
- Não é nada Justin. – Josh disse rapidamente. – Será que poderia nos deixar a sós um minuto? Preciso conversar com a minha irmãzinha.
- Tudo bem, eu preciso fazer umas ligações mesmo, qualquer coisa me chamem.
Todos assentiram e então Ashley e ele saíram da sala, fechando a porta, e então, o sorriso no rosto do meu irmão, tinha sumido, e tomava o lugar, um semblante sério e severo.
- Nunca entendi como a mamãe te amou tanto. VOCÊ MATOU NOSSO PAI! – começou calmo, aumentando gradativamente sua voz.
- O Justin pode ouvir – cochichei.
- EU POSSO BERRAR O QUANTO QUISER. O QUARTO TEM ISOLAMENTO DE SOM. MAS VOCÊ, NOSSA, EU DEVERIA TE BATER.
- Por quê? Porque eu matei nosso pai? Josh, quando você vai entender que ele só nos fazia mal? A todos nós? Ele foi bom até quando estávamos com nossos três anos. Sabe como foi difícil pra nossa mãe aguentar um bêbado que a batia e a xingava todos os dias? Que a fazia chorar todas as noites, que roubava todo nosso dinheiro pra droga, bebida e jogos de azar? Preferia ver a mãe sofrendo desse jeito? Eu o matei por instinto, ele ia matar a mãe, quando é que você vai entender?
- Ele era nosso pai Kath, ele nos amava, ele iria se curar, eu sei disso – Josh disse, já soltando algumas lágrimas.
- Não, não ia Josh, ele teve várias chances, e rejeitou, vem cá – levantei da cama e o abracei, mas ele pegou meus braços com uma só mão, e com uma força absurda, me jogando na cama.
- Papai sempre teve razão, você é uma vadia, sempre foi. E se eu souber que algo acontecer com o Justin, eu vou te denunciar na mesma hora, você tá me entendendo? Porque se, Deus me livre, ele aparecer morto, com certeza terá sido sua culpa.